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Mostrando postagens de 2014

Astronômico

Há um caos harmônico em cada mapa astral. E projéteis arquitetônicos no céu, afinal, a vida é magnética. Por vezes, patética. Escorregamos na casca que jogamos amamos o que não compreendemos nos achamos nos risos que convergem no olhar que contagia ao sabor do toque que diz "te quero" Somos o que queremos. Tem vezes que eu só quero sexo. e um dia depois,  quero apenas que o esmalte  não saia da unha,  no outro, quero amor eterno, e me convenço, o terno já basta. algumas outras, celebro a distância e outras vezes, só quero música alta, ou não sentir aquela falta. Tem dias que só queremos viver, e não pensar, cantar no The voice dançar como o Michael tocar feito Clapton Tudo sem sair do quarto. A vida é magnética. Por vezes, patética. Somos astros da nossa história sempre a nos mover sob estímulo de forças invisíveis que nos atraem. (Raquel Amarante)

Encontros no Shopping Montes Claros num dia comum

Um corte em V nas costas, decote no vestido azul royal, parecia até verão. Um belo e magro declive lombar. Com uma pinta de mistério, de beleza ou talvez, insinuação? Carregava sacolas de lojas, estava num shopping, no Montes Claros... Passou pelo cenário de mesas quase vazias, crianças corriam pelo shopping porque é julho. Ouviu alguém gritar: Lorena! E este alguém se aproximou e fitou-a com encantamento. Esboçou-se no silêncio um estranhamento quando a moça foi dizendo seguidamente: “Lorena, que bom revê-la!”, “Como está linda esta ex do meu irmão!”, “Caio está ali, vou chamá-lo” , “Caio, olha quem está aqui, Lorena, a sua ex!”. Aproximou-se ela e o Caio da Lorena, ambos olhavam-na com encantamento, o Caio calado. Até que o silêncio daquele instante foi quebrado.  _ Marcela, eu não me chamo Lorena e não sou a ex do seu irmão. Não se lembra de mim? Luiza, sua ex-colega do colégio, do ensino fundamental e das séries iniciais. Está lembrada? Marcela esboçou seu mais a

É Primavera

não sou responsável pela ferida que lhe dói aberta pela vida. regue mais água se envolva que o tempo é propício para nascerem belas flores. brotarem os melhores amores... esqueça de vez essas chagas que traz teu destino tão cármico que fez teu mercúrio retrógrado pois veio aprender a amar de novo a confiar de novo a perdoar de novo receba as flores desta vez. receba as flores desta vez. É primavera! (Raquel Amarante) _______________________________ Ela ainda nem chegou, a primavera, mas já antecipou em mim a poesia de um equinócio onde brotam novos amores. E que é preciso celebrar toda nossa capacidade de florir, de amar, de sorrir pós o já demodê outono/inverno. ;)

Meu filho, fica aí

Cê que tá aí, parado, ultrapassado, datilografando suas emoções. Meu filho, fica aí. Vem pra esse mundo tecnológico não. Aqui tem uma tal de fonte, que muda as letrinhas de jeito quando a única fonte mesmo deveria ser aquela que faz coração bater no peito. Liberdade pulsa na velocidade do carrinho de roleman. Com o tempo, vai-se o carrinho fica só o man . Meu filho, fica aí. Não era direção hidráulica que fazia seu carrinho voar. Eram teus sonhos. Meu filho, fica aí. Não deixe morrer teus valores por bens materiais. Não te deixe morrer, meu filho. Não te deixe morrer. (Raquel Amarante)

Saturno - Senhor do tempo - Senhor do karma

Quando eu vim para este mundo eu devia saber porque. Eu devo ter lido umas instruções sobre a vida porque sou prevenida. Prevenida de fazer tudo ao contrário de errar em todas as chances de erro. Ninguém quer errar. Há certas coisas que a gente não entende coisas tão brutas como saber para que como a criança que pergunta o que é, para que serve me sinto. Sinto uma urgência de desvendar toda a história e porquês toda a vida, todos os sentidos. Não basta sentir. Isso não me torna nada além de alguém que anda em círculos presa em sua própria órbita girando em torno de si mesma. Isso não é o caminho... Mas é preciso, às vezes, assentar sobre si e escutar seus próprios motivos. Cansada dos erros de outrora reflito, sem aflição, faço o que devo. Estou no limite da minha busca eu tenho a plenitude da incerteza do vão das coisas que emitem sons sem dizer. Não existe pouco caos... E há quem seja louco de guiar as pessoas estando cego. Não me apetece

Ensaio sobre o amor nos tempos de propriedade privada

Fico pensando... Quais espíritos a gente alimenta? Quais amores a gente aumenta? Quais saudades são impossíveis de se distrair? Quais livros nos chamam a atenção na livraria, na biblioteca...? É o amor e o que amamos que nos caracteriza nesta vida. Nosso espirito é tão livre e abissal que temos, por vezes, que contorná-lo de algumas indicações e contra-indicações. Um velho, uma vez, me disse: Padece o que tiver de padecer por amor, mas jamais deixe de amar.  Meu camarada, e tem como? Não amar? Como é isso? Minha filha, vocês jovens, tatuam o amor nas costas, escrevem cartas derramando corações, vocês são só o engodo! O amor é tão maior que tudo isso que essa minha barba de 40 anos de contra-cultura “arrepeia” e ora interroga: quem vocês amam e por quê? Pense menina, no afeto, que se desdobra. O afeto é a dobradiça da porta, ele a movimenta, abre, fecha. Se não houver a dobradiça, não há porta. Mas há quem encha esta porta de trancas, cadeados, placas de perigo. Portas

Luís Gustavo

Luís Gustavo. Maconheiro Ninfomaníaco Geminiano com seus alelos de gene recessivo na pigmentação. Cultuava o Sabbath Negro e um olhar hipnótico. Pensador desde o colegial - debates, embates, pontos de vista. - Um cara a frente de qualquer tempo... Que cultivava o deletério do seu ano serpente. Gusta conheceu Joana. Joana, faz uso do chá ayahuasca. Abençoada pela cruz caravaca apadrinhada pelo Mestre Irineu morena bela de peitos fartos boa de cama coração bom. Tiveram Nina menina de olhar profundo... Nina é cara de Gustavo. Nina era tudo que Gustavo precisava. Gustavo encontrou no amor o Eu Superior que ele procurava. Gustavo não terminou sua narrativa neste fragmento não Gustavo tem muita história pra contar e pra viver os dentes permanentes de Nina acabaram de nascer. (Raquel Amarante)

Lembra

lembra dos sonhos imperfeitos que a gente traçou para galgar uma atenção copiosamente hipócrita. lembra das juras que a gente fez de amor eu com meus sete receios pois já sabia que daria em erro. Mas mesmo assim eu fiz no afã do sentimento, do desejo. porque sou toda isso mesmo... lembra do quanto que te amei dos micos que paguei na ébria adolescência sem éter porque erámos aqui-agora por inteiro. Hoje não. lembra das cartas... as tenho até hoje e não sei o que faço com elas porque não sou a mesma canceriana, aquela... Que guardava papéis de bala icekiss que via o amor como um chão de giz... (Raquel Amarante - 2012-2014)

Mistério

Mistério do grego, mystérion. do verbo calar. no sentido do segredo. Olha pro céu... o noturno céu onde se pôs o sol. repara no mistério incessante... profundo... coisa maior não há no mundo... Eu sei que o meu querer saber é do tamanho do céu. Nem menor, nem maior. e se me calo eu sou o mesmo mistério das estrelas travestido de criatura. eu tenho o oculto da noite nos olhos a sensível noção de tempo lunar o silêncio alentador e a solidão do infinito eu sou um universo inteiro de poesia incompreensível a olho nú. nem a melhor luneta nem o melhor divã nem o mais longínquo olhar nem as mais demasiadas palavras poderiam mensurar a extensão da existência e seu mistério. (Raquel Amarante)

Haikai de onde a ética dos apaixonados escorrega

                às musas todas   Ela errou e feio. Mas ela é linda então está perdoada. (Raquel Amarante)

Escrevi escrevi e nada escrevi

às vezes a gente  para. A vida tem certa coisa de nostálgica... Parece até que já conhecemo-na de algum lugar, mas, não sabemos de onde... às vezes eu queria ser um míssil teleguiado não pelo estrago, mas pelo sentido... Ele tem um caminho traçado. _ _ _ _ _ Mas que triste seria ter um caminho traçado! Que não o das reticências... Todavia, não se usa todavia em poesia] todavia, com incertezas também não se faz coisa alguma. Fadiga de andar num chão tão despedaçado que se desfaz com o caminhar. Fadiga do amanhã que tenho que buscar Fadiga do amor que não sabe que tempo verbal assume Fadiga de poesia que não se usa todavia Fadiga de escrever essas bobagens importantes mas esteticamente feias! (Raquel Amarante)

Déjà Vu

Eu já estive ali onde seus braços fazem curva. Eu me senti bem ali. Mas daí, as vozes vêm.. Acorda! Pra ser alguém... (Raquel Amarante)

O parque

Vivo com tal encantamento de criança em parque de diversões. Os altos e baixos da montanha russa... Os ciclos da roda gigante... As maçãs de um vermelho amor... Tudo isso é infância nos ensinando a viver. (Raquel Amarante)

Soneto de AMOR DE VERDADE

Amo-te a ponto de fazer um soneto De me prender no encalço da palavra Sinto ternura, enquanto sentes raiva Bebo o amor, e você? Cianureto. Na minha praça tinha um coreto Sentávamos sorrindo e um rouxinol pairava Com essa imagem eu me comprometo A superfície não move as minhas águas. Talvez eu mate todos os amores Não por querer, mas por necessidade de ver de longe a beleza das flores. Coisa bonita essa tal de saudade nas cartas, nos cheiros, nas lápides e aqui É dizer EU TE AMO a quem se foi sem ir. (Raquel Amarante) (rouxinol)

Vale mais o coração

meus olhos esqueci calados no horizonte sem paisagem. prontuários atendimentos e o meu sigilo. o coração é tudo o que vale entre as razões da civilização selvagem. o encanto de olhar nos teus olhos belos acolher esta tua dor que sente em carne viva te incentivar a escrever sobre a ferida te apontar para os seus laços e seus elos. aqui, você tem um lugar. aqui, você pode falar o que você quiser aqui, você tem uma lixeira para jogar fora o que te corta aqui, você pode ser de fato quem você é. eu ficaria te escutando toda a tarde pois vale mais o coração que qualquer coisa e a ferida que lhe sangra é tão Real que até falar é um Merthiolate, também arde. Vale mais o coração e não o outro lado da morte. Mas se for pra te preservar que haja inferno, que haja! (Raquel Amarante)

Vida em flor

Hoje eu faria até três poesias à vida e cantaria gracias a ela com Mercedes Sosa. porque felicidade é a cor do lápis que a gente vai colorindo pelos caminhos da folha... --------------------------- Eu tive que apagar a luz e ler com o cinza do abajur as letras miúdas quase mudas que compactuavam com meu silêncio. Paciência! Eu não me arrependo das flores que sepultei ainda jovem Dos amores que abandonei à beira do porto. Eu fui atrás do arco-íris e atrás do arco-íris há mesmo um tesouro. as cores da estrada, do arco fui eu quem pintei. da vida não esperei nada além do que eu plantei. (Raquel Amarante)

Ser escritor é...

Isso de não saber se a fumaça é do cigarro ou do café. (Raquel Amarante)

Amor perene falta

O amor é mesmo o que sobra o que resta, depois que tudo acaba... é a lacuna que ficou entre os amantes é o sonho impertinente que a repressão permitiu lembrar é uma lembrança vaga, mas acesa é certa melancolia na madrugada é o que escapa aos dedos é uma vontade de aproximar... Amor é isso que nos desperta para o sonho, que nos acorda pra dentro. É o que nos faz desejar... (Raquel Amarante)

As chuvas da Capital

A leveza das águas me levam me lavam e as avenidas voltam a ser grandes e eu não me perco mais nas ruas vagas e eu já não tenho mais nenhuma lágrima só tenho canções e sutilezas e a beleza dos livros, regada a risos e a absinto com os amigos zapatistas. A vida é leve a gente canta e toca djavan a vida é vã mas a gente acerta a melodia e isso é o que importa. A vida é leve não toda. mas o horizonte anda belo. a gente fala de amores e desamores de música e sexo de Rimbaud a Baudelaire A gente brinda a vida com nostalgias de outrora A gente critica os novos jovens como se fôssemos veteranos no mundo a gente quer amores de caminhar de mãos dadas na pracinha. e a gente também quer amores onde haja sexo o tempo todo. A gente quer a liberdade sem vazio e olhar nos olhos apaixonadamente A gente quer justiça social e equidade A gente tem quase a mesma idade e os mesmos anseios. A gente discute política e concordância verbal A gente não é neutro em relação ao

Carta não enviada nº 26: Considerações finais de texto de amor...

Sir. Pudim, Infindáveis eram meus pensamentos imaginando nós... Um laço belo que construí no âmago do meu ser. Diante de inúmeros fatores tive que interromper o meu desejo principal e investir nos secundários... Mas, você não entendeu ou entendeu e quis viver sua vida. Até aí eu entendo... Ninguém é obrigado a esperar por ninguém. Agora, emoções e sentimentos foram implicados nesta escolha. Dizer a alguém que o ama tem sido banalizado... Pois num dia se ama alguém, no outro se ama outro alguém... Eu confesso não entender isso... A inconstância no amor, a necessidade de estar com alguém. Porque eu não sou assim... Eu não preciso estar com ninguém pra ser mais feliz, ou pra ser mais eu. Eu não preciso mostrar que estou feliz pra ninguém, nem preciso divulgar uma vida de felicidade aparente em redes sociais.  Eu procuro e vou adiante no que acho que faz sentido para minha vida e achava o máximo que você estivesse nela. Mas agora não. Gosto de exclusividade no amor... Você, por seus m

Ainda bem

Falo de amor baixinho como quem quer rimar com o silêncio Bebo vinho tinto feito água como quem vive sangrando por dentro Rezo uma prece com a fé de criança que acredita em bicho papão Sinto saudades das festas juninas festejadas no mês de julho. Quero um amor que goste mais de livros que de mim. (Raquel Amarante)

O dia em que comprei um telescópio

No dia em que comprei um telescópio me aproximei de marte, vênus e saturno e estrelas com brilho tão fascinante... Eu sabia que a vida era boa para quem é capaz de ver além das nuvens. (Raquel Amarante)

Vida e outras drágeas

de tempos em tempos sinto o querer vadio pleno de si resolveu viver aqui... querido querer, nem te quero nem te obrigo só mesmo um rosto amigo eu levo. presença é falta navego no oblíquo do eu quem dera eu ser meu ego quem era você, que não eu? os livros deliberam. meu ciclo vermelho é vivo me acho no traço lento num tempo escasso de estar vivo. Mãe, mulher, temo não sê-la. mas se fosse, nem quereria. eu me gosto demais pra não me dar alforria. Vade Mecum porque talvez chova não tenho piedade das nuvens, enquanto elas choram me alegro. Amanhã teremos a anatomia de velhos estarei me perguntando por onde andei. por hoje,ando. Carisma é coisa pra poucos coisa de signos do fogo a vida não me deu trégua teria que nascer de novo. Mas nasço todo dia quando durmo. dormir, esse hábito sempiterno que lembra o útero materno. Um dia eu fui boa Em todos os outros eu quis ser Mas a gente erra sem saber e mesmo sabendo, sem querer e mesmo quer

Tons reais

"Esse jeito esquisito que Jesus tinha, de preferir os piores, né? Me faz pensar, sabe gente, na beleza dos avessos... às vezes, a gente na pressa de encontrar, a gente não vê. Quantas vezes na minha vida eu desprezei as pessoas, porque eu considerei o agora. É tão doído né, a gente ser visto somente a partir do presente. Quando as pessoas olham pra gente e só enxergam aquilo que a gente tem no momento. Isso é fascinante em Jesus...Por isso ele era capaz de preferir quem ele preferia. Porque Jesus não era um homem que se prendia no presente. Eu acredito e acho interessante isso: que os amantes nunca esgotam as criaturas amadas, porque o amor sobrevive de futuro, né? Ele consegue enxergar o que a gente ainda não viu, a pessoa que ama consegue enxergar o que outro ainda não é, vê o avesso, vê o contrário da situação. É tão bonito a gente pensar que a beleza do tecido tem um sustento, uma trama está por trás de tudo isso. Compreender as pessoas, amá-las, só é possível a part

Psicografia de Chico Xavier sobre a Eternidade

O que eu tenho não me pertence, embora faça parte de mim. Tudo o que sou me foi um dia emprestado pelo Criador para que eu possa dividir com aqueles que entram na minha vida. Ninguém cruza nosso caminho por acaso e nós não entramos na vida de alguém sem nenhuma razão. Há muito o que dar e o que receber; há muito o que aprender, com experiências boas ou negativas. Tente ver as coisas negativas que acontecem com você como algo que aconteceu por uma razão precisa.  E não se lamente pelo ocorrido; além de não servir de nada reclamar, isso vai te vendar os olhos, dificultando assim, continuar seu caminho. Quando não conseguimos tirar da cabeça que alguém nos feriu, estamos somente reavivando a ferida, tornando-a muitas vezes bem maior do que era no início. Nem sempre as pessoas nos ferem voluntariamente. Muitas vezes somos nós que nos sentimos feridos e a pessoa nem mesmo percebeu; e nos sentimos decepcionados porque aquela pessoa não correspondeu às nossas expectativas. E sabemos lá qua

Apreciando as estrelas

Na varanda dormi apreciando as estrelas que piscam. Lembrei-me dos meninos que apreciavam uma tal piscada minha. Arguta, cheia de lógica, não aristotélica lanço uma asserção: Tudo que pisca é vivo, portanto, belo. E a beleza, está no abrir e fechar no ser e não ser estar e não estar em cada sentir que pisca e torna a vida viva. (raquel amarante)

Coisas do amor

         

Epifania

Estou assim, inspirada pela vida pela música pelo amor pela Liberdade pelo dia que veio hoje nublado. pelo folk de Sam Phillips, novamente. Lúcida e serena como Berta Young  e sua epifania em "Bliss". (Raquel Amarante)

Carta não enviada n° 25: Para minha filha

Filha, Não entenda isto como um manual de princípios. Eu não escrevo para afastar ninguém de si mesmo. Se tivesse um minuto lúcido nesta minha estadia neste mundo, seria para lhe dizer para você se apaixonar pela vida. A vida e os rios surgem com propósitos, ir ao encontro do profundo, do inteiro, do perene. Sinta a imensidão do que lhe toca, e vai...  Stella Saiba mais sobre esta e as outras cartas:  Sobre as "Cartas não enviadas" 

Nos braços da existência

De tão existencial pôs mais vidas em seu varal do que poderia caber. Não cabe em lugar nenhum coisa alguma, vagueia... É do tipo que joga cartas pra entender de destino e acaba por embaralhá-lo mais. Tem uma queda pelo mistérios das coisas. Quer a tudo conhecer, quer a nada dominar Mas vez ou outra tropeça em sua própria sombra. Gosta de coisas diferentes quando são todas iguais, busca a semelhança, quando tá tudo assim, diferentão. Some, aparece, some. Devia gostar de esconde-esconde quando criança. Avança - com o outro pé no freio. Muito madura quando criança, foi rejuvenescendo/ ficando mais menina ao longo dos anos... De tanta compreensão, tornou-se condescendente demais, andou voltando atrás... Considera seu gosto musical perfeito, aprimorado ao longo das vidas... Ama o harmônico, é o mais puro caos. Não gostaria de ser outra pessoa no mundo, mesmo com seus carmas nada leves. Alguns abraços lhe tocam profundamente. E sabe, mundo, gentes, veio-me aqui